A Comunicação Não-Violenta (CNV) tem ganhado milhões de adeptos em todo o mundo. No Brasil não é diferente, e a prática ganha cada vez mais espaço nas empresas, seja na esfera pública ou privada. Assim, as corporações começam a perceber a importância de construir ambientes saudáveis aos seus funcionários, a partir de uma comunicação que busca gerar mais compreensão e empatia nas relações profissionais.
Mas porque a CNV pode trazer tantos benefícios assim? Primeiro, é importante explicar do que se trata o conceito, que surgiu lá na década de 1960 pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg. Ele, inclusive, baseou muito dos seus estudos a partir de figuras como Gandhi Martin Luther King, que utilizavam a não-violência como forma de reivindicar direitos civis e resolver conflitos.
Assim, Marshall destaca que a CNV é uma prática comunicacional que busca a conexão profunda com o outro nas diferentes interações sociais que podem ocorrer entre os indivíduos. Significa dizer que: mais qualidade na conexão é igual a mais eficiência na resolução de conflitos. É sair daquela lógica em que para um ganhar o outro tem que perder. Todos podem ganhar nessa história.
Em se tratando de ambiente corporativo, em que a pressão e a concorrência podem ser intensas, e, muita das vezes hostil, essa conexão na troca de ideias entre os funcionários pode ser crucial para criar ambientes de trabalho mais empáticos e produtivos. Afinal, numa empresa, todos estamos no mesmo barco e é o coletivo que precisa prevalecer para que as individualidades brilhem.
Nesse sentido, para a resolução dos conflitos, é muito mais interessante voltarmos o nosso foco no uso das observações, dos sentimentos, das necessidades, ao invés de gastarmos energias em julgamentos e críticas que podem colocar ainda mais lenha na fogueira.
Às corporações, cada vez mais estão atentas para isso. Exemplo dessa compreensão é o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que tem investido na capacitação de seus servidores para a Comunicação Não-Violenta e ao enfrentamento do assédio moral.
Recentemente fui convidada pelo órgão para fazer um workshop sobre o assunto com os servidores. Foram dois dias de evento muito profícuo em que eles e elas perceberam a necessidade da resolução de conflitos e da construção de ambientes seguros no trabalho. São coisas fundamentais, pois, estudos apontam que uma pessoa pode passar cerca de 90 mil horas de sua vida em um ambiente de trabalho. Então, tornar esse espaço seguro e confortável é fundamental para a nossa saúde física e mental. Falando nisso, saúde física e mental são uma coisa só. Uma não existe sem a outra. Mas isso é assunto para outro artigo.
Trocando em miúdos, a CNV pode resultar em ambientes de trabalho mais produtivos e menos estressantes porque foca na resolução dos problemas, a partir da construção de relações profundas e honestas. Na lógica da Comunicação Não-Violenta os funcionários não deixam de ser quem eles são, pelo contrário: aprendem a ser autênticos se preocupando com o impacto que isso vai causar em seus interlocutores.
Por fim, seja nas relações de trabalho ou pessoais devemos falar o que pensamos, devemos defender nossas ideias, devemos falar com o coração. E tudo isso pode ser dito de uma forma que seja carinhosa e empática com o outro. Empresas que se preocupam com essas premissas, com certeza terão funcionários mais saudáveis, mais felizes, mais criativos, mais produtivos e muito menos estressados no ambiente de trabalho.
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